Problemas de saúde mental mais comuns e como identificá-los

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com maior prevalência de transtornos de ansiedade e depressão em todo o mundo. Em 2020, a OMS divulgou um relatório que apontou que o Brasil é o país com o maior número de pessoas com transtornos de ansiedade (18,6 milhões) e o segundo país em número de pessoas com depressão (12 milhões), perdendo apenas para a Índia.

Além disso, o Brasil também enfrenta outros problemas de saúde mental, como o abuso de substâncias, a violência e o estresse relacionado ao trabalho. O país tem investido em políticas públicas para melhorar o acesso ao tratamento e ao apoio psicológico, mas ainda há um longo caminho a percorrer para enfrentar esses desafios de forma eficaz.

Os problemas de saúde mental afetam pessoas de todas as idades e sexos, mas algumas condições podem afetar mais um grupo específico de pessoas. Algumas das diferenças mais comuns incluem:

  1. Idade: alguns problemas de saúde mental, como o transtorno do espectro do autismo, tendem a ser mais comuns em crianças e adolescentes. Outros, como a demência, são mais prevalentes em pessoas idosas.
  2. Sexo: certos transtornos mentais são mais comuns em um sexo do que em outro. Por exemplo, a depressão é mais comum em mulheres, enquanto o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é mais comum em homens.
  3. Outros fatores: outros fatores, como etnia, status socioeconômico e experiências de vida, também podem afetar a prevalência de problemas de saúde mental em diferentes grupos de pessoas.

 

Quais são os 10 problemas de saúde mental mais frequente no brasil?

Com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, os 10 problemas de saúde mental mais frequentes no Brasil são:

  1. Depressão: afeta cerca de 5,8% da população brasileira.
  2. Transtornos de ansiedade: afetam cerca de 9,3% da população brasileira.
  3. Estresse pós-traumático: afeta cerca de 1,0% da população brasileira.
  4. Transtornos de adaptação: afetam cerca de 0,7% da população brasileira.
  5. Transtornos fóbicos: afetam cerca de 0,5% da população brasileira.
  6. Transtornos bipolares: afetam cerca de 0,5% da população brasileira.
  7. Transtornos alimentares: afetam cerca de 0,3% da população brasileira.
  8. Transtornos obsessivo-compulsivos: afetam cerca de 0,2% da população brasileira.
  9. Transtornos de personalidade: afetam cerca de 0,2% da população brasileira.
  10. Uso problemático de álcool e outras drogas: afetam cerca de 9,3% da população brasileira.
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Vale lembrar que esses números podem variar de acordo com a metodologia utilizada em cada pesquisa e que a busca por ajuda profissional é fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

 

 

Problemas de saúde mental mais comuns na infância

Os problemas de saúde mental na infância são uma questão séria e podem ter um impacto significativo no desenvolvimento e na qualidade de vida das crianças. Alguns dos problemas de saúde mental mais frequentes na infância incluem:

  1. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): caracterizado por hiperatividade, impulsividade e dificuldade de atenção e concentração.
  2. Ansiedade: inclui transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de pânico e fobias.
  3. Depressão: um distúrbio do humor caracterizado por tristeza, perda de interesse, mudanças no apetite e no sono, fadiga e baixa autoestima.
  4. Transtorno do espectro autista (TEA): caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, bem como comportamentos repetitivos e estreitos.
  5. Transtornos de conduta e comportamento: inclui transtorno de oposição desafiante, que é caracterizado por comportamento desafiador e hostil em relação a figuras de autoridade, e transtorno de conduta, que envolve comportamentos agressivos e antissociais.
  6. Transtorno de Tourette: um distúrbio neurológico caracterizado por tiques motores e vocais.

Esses são apenas alguns dos problemas de saúde mental mais comuns na infância. É importante que os pais estejam atentos a sinais de alerta, como mudanças de comportamento, humor ou desempenho escolar, e busquem ajuda profissional se suspeitarem que a criança possa estar enfrentando problemas de saúde mental. O diagnóstico e tratamento precoces podem ajudar a reduzir o impacto desses problemas e melhorar a qualidade de vida da criança.

 

Causas

As causas para o alto número de pessoas que sofrem com problemas de saúde mental no Brasil são multifatoriais e complexas. Alguns dos fatores que contribuem para o aumento da incidência desses problemas são:

  1. Estilo de vida: o estilo de vida moderno, muitas vezes marcado por uma rotina intensa, estresse constante e pouca atividade física, pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental.
  2. Fatores biológicos: fatores biológicos, como a genética e o funcionamento do cérebro, também podem influenciar no desenvolvimento de problemas de saúde mental.
  3. Traumas: traumas, como abuso físico, sexual ou emocional, podem deixar marcas profundas e contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
  4. Problemas socioeconômicos: desigualdade social, pobreza, violência e desemprego são fatores que podem aumentar o risco de problemas de saúde mental.
  5. Estigma: o estigma em torno de problemas de saúde mental pode impedir as pessoas de procurarem ajuda profissional ou de se abrirem para amigos e familiares sobre suas dificuldades.
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É importante ressaltar que os problemas de saúde mental não são resultado de fraqueza ou falta de força de vontade e que buscar ajuda profissional é fundamental para um diagnóstico e tratamento adequados.

 

Como identificar

A identificação de problemas de saúde mental na infância pode ser um desafio, já que muitas vezes as crianças não têm as habilidades de comunicação necessárias para expressar seus sentimentos ou descrever seus sintomas de forma clara. No entanto, existem alguns sinais de alerta que os pais e cuidadores podem observar para ajudar a identificar possíveis problemas de saúde mental em crianças, incluindo:

  1. Mudanças no comportamento: isso pode incluir mudanças no humor, como tristeza, irritabilidade, agitação ou apatia. Também pode incluir mudanças no comportamento, como isolamento social, recusa em participar de atividades que antes eram apreciadas, falta de energia ou insônia.
  2. Dificuldades de aprendizagem: problemas de saúde mental podem afetar a capacidade da criança de aprender e se concentrar. As notas da criança podem diminuir, ela pode perder o interesse pela escola e ter dificuldade em seguir as instruções.
  3. Sintomas físicos inexplicáveis: dores de cabeça, dores de estômago ou outras dores físicas que não podem ser explicadas por uma condição médica podem ser um sinal de problemas de saúde mental.
  4. Comportamentos repetitivos: comportamentos repetitivos, como lavagem excessiva das mãos, contagem excessiva, verificação constante de portas e janelas, ou alinhamento perfeito de objetos, podem indicar um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
  5. Mudanças no sono e apetite: distúrbios de sono, como insônia ou sonolência excessiva, e mudanças no apetite, como perda ou ganho de peso significativo, podem ser um sinal de depressão ou outros transtornos de humor.
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Como preparar as gerações mais novas para o  futuro

Existem diversas formas de preparar os jovens para enfrentar problemas de saúde mental no futuro. Alguns exemplos incluem:

  1. Educação em saúde mental: oferecer informações sobre saúde mental, incluindo a importância de cuidar da própria saúde emocional e identificar os sinais de problemas de saúde mental.
  2. Desenvolvimento de habilidades socioemocionais: ensinar habilidades socioemocionais, como resiliência, empatia e inteligência emocional, que podem ajudar os jovens a lidar com situações estressantes e desafiadoras.
  3. Acesso a recursos de saúde mental: garantir o acesso dos jovens a recursos de saúde mental, como serviços de aconselhamento, psicoterapia e grupos de apoio.
  4. Ambiente escolar saudável: promover um ambiente escolar saudável, com medidas para prevenir o bullying, apoio social e emocional para os alunos e acesso a atividades físicas e recreativas.
  5. Redução do estigma em torno dos problemas de saúde mental: trabalhar para reduzir o estigma em torno dos problemas de saúde mental, incentivando os jovens a buscar ajuda quando necessário e promovendo a compreensão e aceitação desses problemas.

 

Medidas para reduzir o problema de saúde mental no país

Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto o governo brasileiro têm desenvolvido medidas para reduzir o problema de saúde mental no país. Algumas dessas medidas são:

  1. Políticas públicas: o governo brasileiro tem desenvolvido políticas públicas voltadas para a promoção da saúde mental, como a Política Nacional de Saúde Mental, que busca promover a assistência integral às pessoas com transtornos mentais.
  2. Acesso ao tratamento: o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para pessoas com problemas de saúde mental, incluindo atendimento psicológico e psiquiátrico.
  3. Campanhas de conscientização: tanto o governo quanto organizações não governamentais têm desenvolvido campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental e a busca por ajuda profissional.
  4. Redução do estigma: ações voltadas para a redução do estigma em torno dos problemas de saúde mental têm sido desenvolvidas pela OMS e pelo governo brasileiro, buscando aumentar a aceitação e compreensão sobre esses problemas.
  5. Prevenção: a prevenção de problemas de saúde mental tem sido uma preocupação crescente, com ações voltadas para a promoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, atividade física e o cuidado com a saúde emocional.

Essas medidas são importantes para promover a saúde mental e reduzir o estigma em torno dos problemas de saúde mental, mas ainda há muito a ser feito para garantir o acesso universal ao tratamento e cuidado adequados.

 

 

 

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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