Água Alcalina Ionizada – Benefícios e Onde Comprar

Agua Alcalina Ionizada - Beneficios e Onde Comprar

 

A água alcalina é estudada nos últimos anos e vários são os benefícios que são atribuídos à sua ingestão diária.

Na regulação do balanço do íon hidrogênio (H+) para que haja a homeostasia, isto é, o equilíbrio ácido-básico, é preciso que exista o balanço entre ingestão ou a produção de H+ e a remoção efetiva do H+ do corpo. A acidificação ocorre quando moléculas com átomos de hidrogênio liberam íons hidrogênio em maior quantidade. Portanto, a alcalose refere-se à remoção excessiva de H+ dos líquidos corporais, em contraste à adição excessiva de H+, que é conhecida como acidose (GUYTON & HALL, 2011).

A acidificação alcança solos e alimentos, diminuindo minerais como o potássio, o magnésio, cobre e zinco (SCHWALFENBERG, 2012). Aqui é incluída a água doce, que também está ácida (FRASSETO ET AL, 2001), em muitos casos, nas nossas torneiras. Esta acidificação é preditora de doenças crônicas como diabetes mellitus (KONNER & EATON, 2010) e cânceres (ROBEY & NESBIT, 2013), além de induzir a acidose metabólica. Eventos como o aumento da excreção de cálcio na urina, litíase renal, perda muscular e depleção renal também podem ser causados pela carga ácida da dieta (KONNER & EATON, 2010).

 

Água Alcalina Ionizada

 

O ritmo e o estilo de vida moderno alteram a alimentação do dia a dia. Este estilo de alimentação pronta, com aumento do consumo de gordura trans, frituras, proteína, cafeína, álcool, “fast-food”, glutamato monossódico e a diminuição na dieta de fibras, hortaliças, frutas altera o equilíbrio ácido-básico. De acordo com Schwalfenberg (2012) a média de potássio para sódio está revertida; pois, antigamente era de 10 para 1 e passou a ser de 1 para 3 com a dieta de hoje. Além da perda, por pessoa, de aproximadamente de 480mg de cálcio, em 20 anos, ou a redução da metade da massa óssea de cálcio.

Entre os problemas de saúde resultantes da dieta atual, é a deficiência de sais alcalinos de potássio (K-base), que estão nos alimentos de origem vegetal que nossos antepassados ingeriam em abundância, e a troca desses sais por cloreto de sódio (NaCl), juntamente com a ingestão insuficiente de vegetais ricos em potássio. A deficiência de Kbase na dieta aumenta a carga ácida a qual clinicamente é conhecida como acidose metabólica, afetando o corpo de várias formas como o crescimento retardado em crianças, diminuição de massa magra e massa óssea em adultos, formação de cálculos renais (FRASSETO ET AL, 2001).

Quando envelhecemos, também ocorre uma perda gradual da regulação da função ácido-base, resultando num aumento da acidose metabólica (LINDERMAN & GOLDMAN, 1986). Os distúrbios metabólicos que ocorrem na obesidade, como resistência à insulina e hiperinsulinemia, podem levar ao aumento da excreção renal de cálcio e consequente formação de cálculo (MELLO & SCHNEIDER, 2006).

Outros fatores, como a hiperlipidemia, a retenção de fosfato, a acidose e as toxinas urêmicas, parecem estar associados à progressão de lesão renal (CUPPARI, 2005). Outro dado é o excesso de sódio na dieta, que aumenta a excreção de cálcio pela urina, exacerbando a perda de massa magra e massa óssea (FRINGS-MEUTHEN ET AL, 2011).

Deve haver um aumento da ingestão de água alcalina e de nutrientes alcalinizantes, como o Mg, Ca e K, que são elementos encontrados em vegetais. Assim, a correção da dieta melhoraria todas as condições das doenças provocadas pela acidose (FRASSETO ET AL, 2001).

O corpo humano é composto de 70% a 80% de água variando de acordo com a idade e a constituição física, por isto a necessidade da ingestão média diária recomendada é de até 3,7 litros para homens e 2,7 litros para mulheres na faixa de 19 a 70 anos. A água contida nos alimentos representa aproximadamente 19% do total ingerido. Para indivíduos que realizam atividade física ou que ficam expostos a altas temperaturas ou doenças é necessário aumentar a quantidade de água total. O nível máximo tolerável para consumo não foi estabelecido, porque indivíduos saudáveis são capazes de excretar o excesso de água, mantendo o balanço hídrico. É necessário considerar o risco de intoxicação hídrica relacionado ao consumo rápido de grandes quantidades de líquido, os quais excedem a capacidade máxima de excreção renal que é de aproximadamente 0,7 a 1 litro/hora.

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ÁGUA MINERAL ENGARRAFADA

As garrafas plásticas (policarbonato) contêm bisfenol-A (BPA) que pode migrar, quando exposto a elevadas temperaturas, para os alimentos e para a água acondicionados (CAO & CORRIVEAU, 2008; LI ET AL, 2010). O BPA também é encontrado na água da torneira (FAN ET AL, 2013; SANTHI ET AL, 2012; LI ET AL, 2010) e a contaminação acontece também por inalação da água do chuveiro (USEPA, 2013).

O BPA pode atuar como um hormônio-símile, considerado um xenoestrógeno (BONEFELD-JORGENSEN ET AL, 2007), com capacidade de mimetizar, amplificar ou inibir a atividade de estrógenos endógenos e/ou de interferir na ação do receptor nuclear de estrógeno e incluem: efeitos androgênicos (WETHERILL ET AL, 2007) e estimular a liberação de prolactina em células GH3 (STEINMETZ, 1997). A descoberta da atividade estrogênica do BPA foi acidental, quando pesquisadores verificaram que, durante o processo com autoclave, os tubos plásticos de policarbonato, liberavam na água essa substância, a qual, na concentração de 5,7ppb, ocasionou estímulo da proliferação de células de câncer de mama (MCF-7) (KRISHNAN,1993). Pode suprimir a liberação da adiponectina (hormônio anti-inflamatório) correlacionando com uma maior incidência de síndrome metabólica (WAJCHENBERG ET AL, 2009; HUGO ET AL, 2008), no metabolismo, na função tireoidiana, na diferenciação e função do sistema nervoso central, no desenvolvimento, no sistema imune (WETHERILL ET AL, 2007) e por modificar a expressão e atividade da enzima citocromo P450 (BONEFELD-JORGENSEN ET AL, 2007) enzima necessária para tornar os xenobióticos mais eletrofílicos na destoxificação de fase I (GLESSE & CHIES, 2011). Segundo Lang et al (2008) a concentração urinária de BPA se associou positivamente com uma maior prevalência de doença cardiovascular (DCV), diabetes e anormalidades em enzimas hepáticas.

De acordo com o Programa Nacional de Toxicologia do centro de estudo de riscos para a reprodução humana, o BPA afeta o desenvolvimento e a reprodução. Tem efeitos no cérebro, comportamento, próstata de fetos, bebês e crianças. Em meninas, apresentam efeitos em glândulas mamárias, puberdade precoce em fetos, bebês e crianças. A exposição na gravidez pode resultar aborto, defeitos de nascimento e baixo peso ao nascer (SHELBY, 2008). Vilela et al (2013) cita danos na morfologia de espermatozoides, na integridade da membrana e na motilidade, quando durante a gestação. A atividade estrogênica do BPA promoveu uma disfunção gonadal, induzindo ratas grávidas e seus filhotes recém-nascidos à obesidade e também resultou em mudanças no comportamento como hiperatividade, aumento de agressividade, com alterações para estímulos de dor ou medo, falhas de aprendizagem e influência no comportamento sócio-sexual (FARABOLLINI ET AL, 1999; VOM SAAL ET AL, 2005).

Quanto ao potencial cancerígeno, o BPA, como uma substância exógena, pode intervir na regulação da síntese do material genético (GORSKI ET AL, 1997), levando a uma proliferação celular na hipófise, na mama e no útero. E a ação estrogênica poderia, por mecanismos similares a outros estrogênios, promover indução de fatores de crescimento e proto-oncogenes (GORSKI ET AL, 1997; YAGER & LIEHR, 1996).

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ÁGUA ALCALINA

O pH significa “potencial de hidrogênio”, uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Os íons H+ presentes nos líquidos corporais são provenientes da separação da água (H2O) em íons H+ e OH+, outros provém de moléculas ionizadas que liberam íons H+ quando se dissolvem na água.

Um pH entre 7 e 7,7 significa neutralidade e compatível com a vida humana (SILVERTHORN, 2003). Kumar et al (2012) já refere um nível de pH entre 6.0 à 9.0.

A concentração de H+ na água pura é 1 x 10-7M (mol/L), então a água pura tem valor igual a 7,0 e é considerada neutra. Soluções que perderam H+ para uma base tem uma concentração de H+ menor do que a água pura e são denominadas alcalinas. Os tampões (moléculas que moderam mudanças no pH) são fatores-chave na capacidade do corpo em manter o pH normal. Quando o H+ livre é adicionado a uma solução contendo tampões, os tampões ligam-se com o H+ diminuindo qualquer mudança no pH (SILVERTHORN, 2003). A alcalinidade da água é devida, principalmente, ao conteúdo de carbonato, bicarbonato e hidróxido (KUMAR ET AL, 2012).

 

BENEFÍCIOS DA ÁGUA ALCALINA

Segundo Schwalfenberg (2012), a dieta alcalina acarreta benefícios melhorando a relação K/Na proporcionando saúde dos ossos e reduzindo a perda de massa muscular.

Pode diminuir doenças crônicas, como hipertensão e síncopes cardiovasculares. O acréscimo resultante do hormônio de crescimento com a dieta alcalina, pode melhorar a saúde cardiovascular, a memória e a cognição (WASS & REDDY, 2010). A outra vantagem da dieta alcalina é aumentar o magnésio intracelular, o qual é necessário para várias funções enzimáticas e ativação da vitamina D, podendo resultar em numerosos benefícios no sistema apócrino e exócrino. Além disto, a alcalinidade pode beneficiar alguns agentes quimiopreventivos que requerem um pH mais elevado (SCHWALFENBERG, 2012).

A água alcalina desnatura instantaneamente a pepsina, tornando-a permanentemente inativa. Além do mais, ela tem boa capacidade de tamponamento ácido. Assim, o consumo de água alcalina pode ter benefícios terapêuticos para pacientes com refluxo esofágico (KOUFMAN & JOHNSTON, 2012).

Wynn et al (2009), demonstrou que mesmo sem uma dieta suficiente em cálcio, mas, com a suplementação de água alcalina, ocorre um decréscimo de reabsorção óssea em humanos, provavelmente pela diminuição de PTH (paratormônio) e dos telopeptídeos C (marcadores ósseos), demonstrando que a água alcalina torna o cálcio mais biodisponível e mais seguro do que medicamentos à base de bisfosfonatos para ser utilizada.

Quanto à saúde cardiovascular e grau de hidratação, Heil (2010) demonstrou que, com uma dieta normal e ingestão de uma média de 2,3L/dia de água alcalina, houve um aumento de pH na urina e no sangue (com 2 semanas de ingestão) melhorando o equilíbrio ácido-básico e aumentando retenção de água no sistema cardiovascular, otimizando a hidratação corpórea. Esta hipótese foi explicada devido a um aumento de urina no grupo tratado. O autor sugere também a utilização da água alcalina para doentes crônicos pelo benefício que os mesmos podem obter pelo equilíbrio ácido-básico. O trabalho de Schoppen et al (2005) apresenta uma melhora no perfil lipêmico ao ser ingerida a água alcalina com bicarbonato de sódio, após a refeição em mulheres menopausadas. Assim como demonstra a diminuição dos níveis de colesterol total, LDL-colesterol, apoB e pressão arterial sistólica em adultos jovens com moderado risco cardiovascular (VAQUERO, 2010).

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Outra evidência provocada pela acidez orgânica, tratada com a alcalinização, foi a diminuição de dores nas costas (SCHWALFENBERG, 2012 e VORMANN ET AL, 2001) e a diminuição de outros sinais correlacionados com o excesso da acidificação, como baixa energia, fadiga crônica, excesso de muco, congestão nasal, resfriados e infecções de repetição, nervosismo, estresse, irritabilidade, ansiedade, agitação, unhas fracas, cabelo seco, formação de cistos (ovarianos e nas mamas), dores de cabeça e nas juntas, artrite, neurite, dor muscular, gastrite nervosa e indigestão (VORMANN ET AL, 2001).

A efetividade de agentes quimiopreventivos também é influenciada pelo pH. A epirubicina e a adriamicina tornam-se mais efetivas com a alcalinização. Outros como a cisplatina, a mitomicina C e a tiotepa são mais citotóxicos com a acidose (GROOS ET AL, 1986).

A alcalinização da água potável com bicarbonato de sódio, em uma investigação em ratos com tumor de mama, demonstrou diminuição de metástases e maior sobrevida, comparado com o grupo controle (sem alcalinização). A redução tumoral pode ter ocorrido devido a diminuição de células tumorais circulantes resultantes da diminuição de enzimas envolvidas com invasão tumoral, como a catepsina e metaloproteases (ROBEY & NESBIT, 2013).

Kuo et al (2011) pesquisaram a alcalinização da água potável da torneira com magnésio e a associação entre o total de THMs e o risco de morte por câncer de cólon e verificaram uma diminuição dos casos de morte.

Há evidências que o efeito prejudicial do etanol na mucosa gástrica é em grande parte mediada pela geração de espécies reativas de oxigênio (ROS), dentro do tecido da mucosa ocorrendo a peroxidação da membrana plasmática, por meio de agregados proteicos (HNE-his). A água alcalina, pela ação do bicarbonato de sódio e cálcio, mostrou ser eficiente para proteção contra radicais livres diminuindo o estresse oxidativo por mecanismo pró-inflamatório; e ao mesmo tempo, para a regeneração do tecido lesado (NASSINI ET AL, 2009).

 

RESUMO

A alcalinização do organismo, que é proporcionada com a utilização de água alcalina ionizada, está propiciando curas de várias doenças sem medicamentos alopáticos. Porém, poucos estão observando a qualidade da água ingerida. É importante ressaltar que as águas nos grandes centros estão ácidas, contaminadas com metais pesados e xenobióticos como agrotóxicos, bisfenila A, anti-inflamatórios, anticoncepcionais entre outros, além do alto teor microbiológico que apresentado. Em vista disto, muitos recursos não adequados, como a adição de cloro e flúor; porém, aprovados por órgãos fiscalizadores são utilizados para a manutenção de níveis bacteriológicos aceitáveis os quais não deveriam ser prejudiciais à nossa saúde.

Além do problema da água ácida, o consumo de alimentos refinados, açúcares, refrigerantes, frituras e carnes vermelhas, alimentos altamente geradores de resíduos ácidos; são cada vez mais utilizados pela população em geral e incentivados pela mídia, além da falta de tempo para a elaboração de pratos saudáveis que a modernidade nos imprime.

Se a água ocupa tanto espaço em nosso corpo e é imprescindível à nossa sobrevivência, devemos, como profissionais da saúde, ter plena consciência da prescrição adequada de uma água de boa qualidade e divulgar os benefícios alcançados com a sua correta ingestão.

 

Por Vanessa De Alcântara Mallol Moraes
Revista Saúde Quântica

 

 

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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