Diabetes: o que é, tipos, sintomas, medidas de prevenção, cuidados específicos

O que é Diabetes

Diabetes é uma doença crônica em que o corpo não consegue produzir ou usar a insulina de maneira adequada. A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando a insulina não está funcionando corretamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar muito elevados, o que pode levar a problemas de saúde graves, como doenças cardíacas, problemas nos olhos, nos rins e nos nervos, e amputações de membros. Existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2. A diabetes tipo 1 é causada por problemas autoimunes e é geralmente diagnosticada em crianças e jovens adultos. A diabetes tipo 2 é causada por fatores como obesidade e estilo de vida e é geralmente diagnosticada em adultos mais velhos.

Estatísticas sobre Diabetes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 422 milhões de adultos no mundo viviam com diabetes em 2014, e esse número está previsto para aumentar para cerca de 629 milhões até 2045. A diabetes tipo 2 é a forma mais comum de diabetes, representando cerca de 90% a 95% dos casos. A diabetes tipo 1 representa cerca de 5% a 10% dos casos.

Em relação à incidência, a diabetes tipo 2 é mais comum em adultos mais velhos e em pessoas com excesso de peso ou obesas. Cerca de 90% das pessoas com diabetes tipo 2 têm sobrepeso ou são obesas. A diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e jovens adultos, e é geralmente causada por problemas autoimunes.

Os países desenvolvidos tendem a ter taxas mais elevadas de diabetes tipo 2, enquanto os países em desenvolvimento tendem a ter taxas mais elevadas de diabetes tipo 1. No entanto, a taxa de diabetes tipo 2 está aumentando rapidamente em países em desenvolvimento devido ao aumento da obesidade e do sedentarismo.

O que acontece no organismo

Fisiologicamente, a diabetes ocorre quando o corpo não consegue produzir ou usar a insulina de maneira adequada. A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando comemos, o açúcar presente nos alimentos é absorvido pelo sangue e se transforma em glicose. A glicose é usada como fonte de energia para as células do corpo.

A insulina é liberada pelo pâncreas quando os níveis de glicose no sangue aumentam e ajuda a transportar a glicose para as células do corpo onde pode ser usada como energia. A insulina também ajuda a armazenar a glicose em excesso no fígado e nos músculos para uso futuro.

Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas que produzem insulina, resultando em uma falta de produção de insulina. Na diabetes tipo 2, o pâncreas ainda produz insulina, mas as células do corpo não conseguem usá-la de maneira eficaz (resistência à insulina) e a produção de insulina pode diminuir com o tempo. Como resultado, os níveis de glicose no sangue ficam elevados e o corpo não consegue usar a glicose como fonte de energia.

Fatores de risco

Existem vários fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de diabetes, incluindo:

  1. Genética: certos genes podem aumentar o risco de diabetes. Pessoas com histórico familiar de diabetes são mais propensas a desenvolver a doença.
  2. Obesidade: pessoas com excesso de peso ou obesas têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. A obesidade pode contribuir para a resistência à insulina.
  3. Sedentarismo: pessoas que não praticam atividade física regularmente têm maior risco de desenvolver diabetes. A atividade física ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue e melhora a sensibilidade à insulina.
  4. Idade: o risco de desenvolver diabetes aumenta com a idade, especialmente após os 45 anos.
  5. Histórico de diabetes gestacional: mulheres que tiveram diabetes durante a gravidez têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida.
  6. Pressão arterial alta: pessoas com pressão arterial alta têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
  7. Colesterol alto: níveis elevados de colesterol no sangue podem aumentar o risco de diabetes tipo 2.
  8. Tabagismo: fumar aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
  9. Histórico de doença cardiovascular: pessoas com histórico de doença cardiovascular têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
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Sinais e sintomas

Existem alguns sinais e sintomas comuns de diabetes, incluindo:

  1. Sede frequente e aumento da micção: devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue, os rins precisam trabalhar mais para filtrar e absorver a glicose. Isso pode levar a uma sede constante e aumento da micção.
  2. Fome constante: devido à falta de insulina, as células do corpo não conseguem absorver a glicose, o que pode levar a sensação de fome constante.
  3. Perda de peso sem motivo: devido ao aumento da fome e a diminuição da absorção de glicose, as pessoas com diabetes tipo 1 podem perder peso sem motivo.
  4. Cansaço constante: devido à falta de glicose nas células, as pessoas com diabetes podem sentir fadiga constante.
  5. Visão turva: os níveis elevados de glicose no sangue podem danificar os vasos sanguíneos dos olhos, levando a problemas de visão.
  6. Feridas que demoram a cicatrizar: devido a problemas de circulação e danos nos nervos, as feridas e cortes podem demorar a cicatrizar em pessoas com diabetes.
  7. Infecções frequentes: devido a problemas de circulação e danos nos nervos, as pessoas com diabetes têm maior risco de infecções.

Como é feito o diagnostico

A melhor forma de confirmar o diagnóstico de diabetes é através de exames de sangue. Os principais exames utilizados para diagnosticar a diabetes são:

  1. Glicemia de jejum: este exame mede os níveis de glicose no sangue após pelo menos 8 horas de jejum. Um nível de glicose de jejum superior a 126 mg/dL é considerado diabetes.
  2. Teste oral de tolerância à glicose (TTOG): este exame mede os níveis de glicose no sangue após a pessoa beber uma solução de glicose. Um nível de glicose de 2 horas superior a 200 mg/dL é considerado diabetes.
  3. Hemoglobina A1c: este exame mede a quantidade de glicose ligada à hemoglobina (uma proteína presente nos glóbulos vermelhos) e pode indicar se a pessoa teve níveis elevados de glicose nos últimos 3 meses. Um nível de hemoglobina A1c superior a 6.5% é considerado diabetes.

Esses exames geralmente são realizados pelo médico, mas é importante consultar um endocrinologista ou um médico especialista em diabetes para que seja realizado um diagnóstico correto e para que sejam estabelecidos os melhores tratamentos para cada caso.

Tratamento

O tratamento do diabetes varia de acordo com o tipo da doença e as necessidades individuais de cada paciente. No entanto, os principais objetivos do tratamento são controlar os níveis de glicose no sangue, prevenir complicações e garantir qualidade de vida.

O tratamento do diabetes tipo 1 geralmente envolve a administração de insulina, já que as pessoas com esta forma da doença não produzem insulina suficiente. O tratamento pode incluir a administração de insulina por meio de injeções ou um dispositivo de infusão contínua de insulina (bomba de insulina).

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Já o tratamento do diabetes tipo 2 geralmente envolve mudanças no estilo de vida, tais como a perda de peso, aumento da atividade física e alterações na alimentação. Se essas mudanças não forem suficientes para controlar os níveis de glicose no sangue, o tratamento pode incluir medicações orais e/ou injeções de insulina.

Além disso, é importante que as pessoas com diabetes façam exames regulares para monitorar a doença e prevenir complicações, tais como exames de fundo de olho, exames de pé diabético, exames de pressão arterial e exames de colesterol.

É importante que as pessoas com diabetes trabalhem em estreita colaboração com o seu médico e equipe de saúde para estabelecer um plano de tratamento personalizado e garantir o melhor controle da doença e qualidade de vida.

Tratamento não medicamentoso

O tratamento não medicamentoso do diabetes envolve mudanças no estilo de vida, tais como:

  1. Alimentação saudável: uma dieta equilibrada e rica em vegetais, frutas, cereais integrais, legumes e proteínas magras é importante para controlar os níveis de glicose no sangue. É recomendado evitar alimentos ricos em açúcar e gordura saturada.
  2. Exercícios físicos: a atividade física regular, como caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta, pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.
  3. Perda de peso: se você estiver acima do peso, perder peso pode ajudar a controlar o diabetes e prevenir complicações.
  4. Dormir bem: Dormir bem e manter horários regulares de sono pode ajudar a melhorar a glicemia.
  5. Estresse: O estresse pode afetar os níveis de glicose no sangue, por isso é importante encontrar maneiras de gerenciar o estresse, como yoga, meditação ou técnicas de relaxamento.
  6. Educação sobre diabetes: é importante que as pessoas com diabetes entendam como a doença afeta o corpo e como controlar os níveis de glicose no sangue. A educação sobre diabetes também pode incluir informações sobre como prevenir complicações e garantir qualidade de vida.

 

Órgãos mais afetados

A diabetes pode afetar vários órgãos do corpo, incluindo:

  1. Olhos: a diabetes pode causar problemas nos olhos, como catarata, glaucoma e retinopatia diabética, que pode levar à cegueira.
  2. Rins: a diabetes pode causar danos nos rins, conhecido como nefropatia diabética, o que pode levar à insuficiência renal.
  3. Coração e vasos sanguíneos: a diabetes aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.
  4. Pés: a diabetes pode causar danos nos nervos dos pés e reduzir a circulação sanguínea, o que pode levar a úlceras e infecções nos pés.
  5. Pele: a diabetes pode causar problemas de pele, como infecções fúngicas e coceira.
  6. Sistema nervoso: a diabetes pode causar danos nos nervos, conhecido como neuropatia diabética, o que pode causar dor, formigamento e sensação de queimação nos pés e mãos.

 

 

Existem medidas que podem ser tomadas para proteger os órgãos afetados pela diabetes:

  1. Controlar os níveis de glicose no sangue: manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites recomendados é essencial para proteger os órgãos afetados pela diabetes.
  2. Seguir uma dieta saudável e equilibrada: uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue e prevenir complicações.
  3. Fazer exercícios físicos regularmente: a atividade física regular pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue e melhorar a sensibilidade à insulina.
  4. Controlar o peso: perder peso, se necessário, pode ajudar a controlar o diabetes e prevenir complicações.
  5. Monitorar os níveis de pressão arterial e colesterol: as pessoas com diabetes têm um risco aumentado de doenças cardíacas e derrames cerebrais, por isso é importante monitorar esses níveis regularmente.
  6. Fazer exames regulares: as pessoas com diabetes devem fazer exames regulares, como exames de fundo de olho, exames de pé diabético e exames de sangue para monitorar a função renal e a presença de outras complicações.
  7. Cuidados com os pés: as pessoas com diabetes devem tomar cuidado extra com os pés, mantendo-os limpos e secos, e verificando regularmente os pés por cortes, bolhas ou inchaços.
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Cuidados específicos com os pês

Existem medidas específicas que um cidadão com diabetes deve tomar para proteger seus pés:

  1. Verifique seus pés diariamente: examine seus pés todos os dias à procura de feridas, cortes, bolhas, inchaços ou vermelhidão. Se você não consegue ver ou alcançar seus pés, peça ajuda a alguém de confiança.
  2. Mantenha os pés limpos e secos: lave seus pés diariamente com água morna e sabonete neutro, e seque-os cuidadosamente, especialmente entre os dedos.
  3. Use meias e sapatos confortáveis: use meias de algodão que sejam macias e não apertadas, e sapatos que sejam largos e confortáveis. Evite usar sapatos de salto alto ou sandálias abertas.
  4. Evite ficar sentado ou de pé por longos períodos de tempo: se você precisar ficar sentado por muito tempo, levante-se e faça um pouco de exercício de vez em quando. Se você precisar ficar de pé por muito tempo, mude de posição frequentemente.
  5. Faça exames de pé diabético regularmente: faça exames de pé diabético regularmente com um profissional de saúde qualificado, para detectar qualquer problema no início.
  6. Mantenha o controle do seu diabetes: manter o controle do seu diabetes é essencial para evitar complicações.

Cuidados com a alimentação

A alimentação recomendada para pessoas com diabetes é uma dieta saudável e equilibrada que inclui uma variedade de alimentos saudáveis. Ela deve ser personalizada de acordo com as necessidades individuais e os objetivos de tratamento, e deve ser planejada em conjunto com um nutricionista ou médico. Algumas orientações gerais incluem:

  1. Consumir uma quantidade moderada de carboidratos: os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo, mas as pessoas com diabetes devem controlar a quantidade de carboidratos que consomem para evitar picos de glicose no sangue.
  2. Comer uma variedade de frutas e vegetais: as frutas e vegetais são ricos em nutrientes e fibras, e ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue.
  3. Escolher fontes de proteínas magras: as fontes de proteínas magras, como carnes brancas, peixes, ovos e feijão, ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue e ajudam a manter o peso saudável.

Recomendações gerais

Existem algumas recomendações que podem ser dadas a um paciente com diabetes para que ele possa seguir as orientações do médico e cumprir as medidas recomendadas:

  1. Faça consultas regulares com o seu médico: é importante fazer consultas regulares com o seu médico para monitorar o progresso e fazer ajustes no tratamento, se necessário.
  2. Anote suas medidas de glicemia: é importante anotar as medidas de glicemia antes das refeições e antes de dormir, para que o médico possa avaliar como o tratamento está funcionando.
  3. Siga a dieta e o plano de exercícios recomendado: é importante seguir a dieta e o plano de exercícios recomendado pelo médico para controlar os níveis de glicose no sangue.
  4. Use os medicamentos prescritos corretamente: é importante seguir as instruções do médico quanto ao uso dos medicamentos prescritos, incluindo horários e dosagens.
  5. Comunique qualquer problema de saúde ou efeito colateral à equipe de saúde: é importante comunicar qualquer problema de saúde ou efeito colateral imediatamente para o seu médico, para que ele possa fazer ajustes no tratamento.
  6. Acompanhar as orientações do médico para exames regulares: é importante fazer exames regulares para detectar possíveis complicações.

 

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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