Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs): Sintomas, Tratamento e Prevenção

 

 

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções que podem ser transmitidas através do contato sexual, seja vaginal, anal ou oral. Essas doenças afetam homens e mulheres, de todas as idades, e podem causar sintomas incômodos, complicações a longo prazo e até mesmo serem fatais. Neste artigo, discutiremos as DSTs mais comuns, seus sintomas, tratamentos e medidas preventivas.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são um problema de saúde pública em todo o mundo. Seguem abaixo algumas estatísticas sobre as DSTs no Brasil e no mundo:

  • De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, em 2020, foram notificados 247.712 casos de sífilis, 71.736 casos de HIV e 61.427 casos de gonorreia no país.
  • No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 1 milhão de novos casos de DSTs por dia.
  • A sífilis é uma das DSTs mais comuns no mundo. De acordo com a OMS, em 2016, foram notificados mais de 6 milhões de casos de sífilis em todo o mundo.
  • A gonorreia é outra DST comum. De acordo com a OMS, em 2016, foram notificados mais de 87 milhões de casos de gonorreia em todo o mundo.
  • O HPV é outra DST comum. De acordo com a OMS, estima-se que mais de 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas com o HPV em algum momento da vida.
  • A camisinha é uma das medidas mais eficazes para prevenir a transmissão de DSTs. De acordo com um estudo da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, o uso correto da camisinha durante a relação sexual pode reduzir o risco de transmissão do HIV em até 70%.
  • No Brasil, a faixa etária com maior número de casos de HIV é de 20 a 34 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2020, foram notificados 34.129 casos nessa faixa etária.

Essas estatísticas destacam a importância da prevenção e do tratamento adequado de DSTs. É fundamental adotar medidas de prevenção, como o uso correto de preservativos e a vacinação contra o HPV, além de fazer testes regulares para detectar precocemente a presença de infecções.

 

 

 

  1. Clamídia A clamídia é uma das DSTs mais comuns. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode ser transmitida através do sexo vaginal, anal e oral. Os sintomas da clamídia podem incluir corrimento vaginal ou peniano, dor ao urinar e dor abdominal em mulheres. Em homens, pode haver secreção do pênis, dor testicular e dor ao urinar. A clamídia pode ser tratada com antibióticos, mas se não for tratada, pode levar a complicações como doença inflamatória pélvica em mulheres e infertilidade em ambos os sexos. O uso consistente de preservativos durante o sexo é uma das principais formas de prevenção.
  2. Gonorreia A gonorreia é uma infecção bacteriana que pode afetar os órgãos reprodutivos, o trato urinário e outras partes do corpo. Ela é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode ser transmitida através do contato sexual. Os sintomas incluem corrimento vaginal ou peniano, dor ao urinar e dor abdominal em mulheres. Em homens, pode haver secreção do pênis, dor testicular e dor ao urinar. A gonorreia pode ser tratada com antibióticos, mas se não for tratada, pode levar a complicações como infertilidade e disseminação da infecção para outras partes do corpo. O uso consistente de preservativos durante o sexo é uma das principais formas de prevenção.
  3. Herpes genital O herpes genital é uma infecção viral que pode ser transmitida através do contato sexual. É causado pelo vírus do herpes simplex (HSV) e pode causar bolhas dolorosas nos órgãos genitais, ânus, boca ou outras áreas do corpo. Os sintomas do herpes genital podem incluir coceira, dor, vermelhidão, bolhas e úlceras. Não há cura para o herpes genital, mas os sintomas podem ser tratados com antivirais. O uso consistente de preservativos durante o sexo e evitar o contato com feridas abertas são as principais formas de prevenção.
  4. VIH/SIDA O HIV é uma infecção viral que é transmitida através do contato com sangue, sêmen, fluidos vaginais ou leite materno de uma pessoa infectada. Ele ataca o sistema imunológico do corpo, deixando a pessoa vulnerável a infecções e doenças. O HIV pode levar à AIDS se não for tratado. Os sintomas iniciais do HIV podem incluir febre, dor de cabeça, dor muscular e dor de garganta. À medida que a infecção progride, os sintomas podem incluir perda de peso, fadiga e infecções oportunistas. O HIV não tem cura, mas pode ser tratado com medicamentos antirretrovirais que ajudam a controlar a infecção. O uso consistente de preservativos durante o sexo é uma das principais formas de prevenção.
  5. HPV (Papilomavírus humano) O HPV é uma infecção viral que é transmitida através do contato sexual. Existem mais de 100 tipos de HPV, e alguns tipos podem causar verrugas genitais ou câncer cervical. Os sintomas do HPV podem incluir verrugas genitais, lesões na pele ou mucosa, ou nenhum sintoma aparente.

    O HPV não tem cura, mas as verrugas genitais podem ser tratadas com medicamentos tópicos ou removidas cirurgicamente. O câncer cervical pode ser prevenido através da vacinação e do exame preventivo de Papanicolau. O uso consistente de preservativos durante o sexo também pode ajudar a reduzir o risco de transmissão do HPV.

    A vacina contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenir o câncer cervical e outras doenças relacionadas ao HPV. A vacina é recomendada para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, mas pode ser administrada até os 45 anos de idade para indivíduos que não foram vacinados anteriormente.

    Em 2021, houve uma atualização nas recomendações de vacinação contra o HPV nos Estados Unidos. Anteriormente, a vacina era administrada em três doses ao longo de seis meses. Agora, as pessoas com idade entre 15 e 45 anos podem receber a vacina em apenas duas doses com um intervalo de seis a 12 meses entre as doses.

    Além disso, foi acrescentada uma nova recomendação para a vacinação de indivíduos com sistema imunológico enfraquecido, como aqueles que receberam um transplante de órgão. Esses indivíduos podem precisar de três doses da vacina, independentemente da idade.

    É importante ressaltar que a vacina contra o HPV não é uma cura para o vírus, mas é uma ferramenta importante na prevenção do câncer cervical e outras doenças relacionadas ao HPV. É essencial que as pessoas sejam vacinadas dentro da faixa etária recomendada e sigam as orientações do seu médico sobre a vacinação contra o HPV.

  6. Sífilis A sífilis é uma infecção bacteriana que pode ser transmitida através do contato sexual. Ela é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser dividida em quatro estágios. No estágio primário, pode haver uma ferida indolor na área genital, anal ou oral. No estágio secundário, pode ocorrer uma erupção cutânea e febre. No estágio latente, não há sintomas aparentes. No estágio tardio, a sífilis pode causar danos graves aos órgãos internos, incluindo o coração e o cérebro. A sífilis pode ser tratada com antibióticos, mas se não for tratada, pode causar complicações graves. O uso consistente de preservativos durante o sexo é uma das principais formas de prevenção.

 

 

Medidas de prevenção

Existem várias medidas de prevenção que podem ser adotadas para proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e promover a saúde sexual. Algumas das principais medidas de prevenção incluem:

  1. Uso correto de preservativos: O uso correto de preservativos de látex ou poliuretano durante a relação sexual vaginal, anal ou oral é uma das formas mais eficazes de prevenir a transmissão de DSTs, incluindo o HIV. É importante usar preservativos em todas as relações sexuais e verificar a data de validade antes de usar.
  2. Limitação do número de parceiros sexuais: A redução do número de parceiros sexuais pode ajudar a reduzir o risco de exposição a DSTs. Quanto menos parceiros sexuais, menor é a chance de entrar em contato com uma pessoa infectada.
  3. Testes regulares para DSTs: Fazer testes regulares para DSTs pode ajudar a identificar a presença de infecções precocemente e iniciar o tratamento rapidamente. É recomendável fazer testes de DSTs antes de iniciar um novo relacionamento sexual e sempre que houver mudança de parceiro.
  4. Comunicação aberta com o parceiro sexual: Comunicar-se abertamente com o parceiro sexual sobre a história sexual, os testes de DSTs e o uso de preservativos pode ajudar a prevenir a transmissão de DSTs.
  5. Vacinação: A vacinação contra o HPV é recomendada para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos, mas pode ser administrada até os 45 anos de idade para indivíduos que não foram vacinados anteriormente. A vacinação pode prevenir o câncer cervical e outras doenças relacionadas ao HPV.
  6. Evitar o compartilhamento de objetos pessoais: O compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, roupas íntimas e brinquedos sexuais, pode aumentar o risco de transmissão de DSTs. Evite compartilhar esses itens com outras pessoas.
  7. Cuidado com o uso de drogas injetáveis: O uso de drogas injetáveis pode aumentar o risco de transmissão do HIV e de outras DSTs. Se você usar drogas injetáveis, é importante usar seringas limpas e descartáveis.

Ao adotar essas medidas de prevenção, é possível reduzir o risco de transmissão de DSTs e promover a saúde sexual. No entanto, é importante lembrar que nenhum método é 100% eficaz na prevenção de DSTs, e é importante fazer testes regulares para detectar precocemente a presença de infecções.

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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