Hipertensão arterial: sintomas, diagnóstico, tratamento e medidas preventivas

 

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial é uma condição em que a pressão arterial nas artérias é elevada, ou seja, a força com que o sangue é bombeado pelo coração para o corpo é maior do que o normal. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é composta por dois valores: a pressão arterial sistólica, que é a pressão exercida sobre as artérias durante a contração do coração, e a pressão arterial diastólica, que é a pressão exercida sobre as artérias quando o coração está em repouso entre as contrações.

A hipertensão arterial é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e demência.

Estatísticas

A hipertensão arterial é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo tenham hipertensão arterial, sendo que 75% delas vivem em países de baixa e média renda. Além disso, a hipertensão arterial é responsável por cerca de 10 milhões de mortes a cada ano.

No Brasil, a hipertensão arterial é uma condição bastante prevalente. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, mais de 30 milhões de brasileiros adultos sofriam de hipertensão arterial. Isso representa cerca de 25% da população adulta do país.

Classificação segundo risco

A hipertensão arterial pode ser classificada de acordo com o risco de complicações cardiovasculares em curto e longo prazo. A classificação da hipertensão arterial é baseada nos valores de pressão arterial sistólica e diastólica e pode ser dividida em quatro categorias:

  • Pressão arterial normal: pressão arterial sistólica menor que 120 mmHg e pressão arterial diastólica menor que 80 mmHg.
  • Pré-hipertensão: pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão arterial diastólica entre 80 e 89 mmHg.
  • Hipertensão arterial estágio 1: pressão arterial sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão arterial diastólica entre 90 e 99 mmHg.
  • Hipertensão arterial estágio 2: pressão arterial sistólica igual ou maior que 160 mmHg ou pressão arterial diastólica igual ou maior que 100 mmHg.

A classificação da hipertensão arterial segundo o risco de complicações em curto e longo prazo leva em consideração a presença ou ausência de fatores de risco adicionais, como tabagismo, diabetes, colesterol alto e histórico familiar de doenças cardiovasculares. Essa classificação ajuda os médicos a determinar a abordagem terapêutica mais adequada para cada paciente.

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Fatores de risco

A hipertensão arterial pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos e ambientais. Alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial incluem:

  • Idade: a hipertensão arterial é mais comum em pessoas acima de 60 anos de idade.
  • Obesidade: o excesso de peso aumenta a resistência à insulina, aumentando a pressão arterial.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial.
  • Consumo excessivo de sal: o sal é composto principalmente de sódio, que pode aumentar a pressão arterial em algumas pessoas.
  • Consumo excessivo de álcool: o consumo excessivo de álcool pode levar ao aumento da pressão arterial.
  • Tabagismo: o tabagismo pode aumentar a pressão arterial e também é um fator de risco para doenças cardiovasculares.
  • Diabetes: a diabetes pode levar ao aumento da pressão arterial, bem como aumentar o risco de complicações cardiovasculares.
  • Colesterol alto: o colesterol elevado pode contribuir para a formação de placas nas artérias, aumentando o risco de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Sintomas

A hipertensão arterial é muitas vezes chamada de “assassino silencioso” porque frequentemente não apresenta sintomas óbvios. No entanto, em alguns casos, podem ocorrer sintomas como:

  • Dores de cabeça: especialmente na parte de trás da cabeça.
  • Tonturas: pode haver uma sensação de vertigem ou desequilíbrio.
  • Visão turva: os olhos podem parecer embaçados ou turvos.
  • Falta de ar: pode haver dificuldade para respirar.
  • Sangramento nasal: pode ocorrer sangramento nasal sem motivo aparente.

Diagnóstico

O diagnóstico da hipertensão arterial é feito por meio da medição da pressão arterial. A pressão arterial é medida usando um aparelho chamado esfigmomanômetro, que é colocado no braço do paciente. A medição é feita em duas etapas: a pressão arterial sistólica é medida durante a contração do coração e a pressão arterial diastólica é medida quando o coração está em repouso entre as contrações.

Para obter uma leitura precisa da pressão arterial, o paciente deve estar em repouso por pelo menos 5 minutos antes da medição, e a medição deve ser repetida em duas ou três ocasiões diferentes para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

O tratamento da hipertensão arterial pode incluir mudanças no estilo de vida e medicamentos. Alguns exemplos de mudanças no estilo de vida que podem ajudar a controlar a pressão arterial incluem:

  • Perda de peso: a perda de peso pode ajudar a reduzir a pressão arterial em pessoas com sobrepeso ou obesidade.
    • Dieta saudável: uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais, nozes e sementes pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
    • Redução do consumo de sal: a redução do consumo de sal pode ajudar a reduzir a pressão arterial em algumas pessoas.
    • Atividade física regular: a atividade física regular pode ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular.
    • Redução do consumo de álcool: a redução do consumo de álcool pode ajudar a reduzir a pressão arterial.

    Se essas mudanças no estilo de vida não forem suficientes para controlar a pressão arterial, podem ser prescritos medicamentos para ajudar a reduzi-la. Alguns exemplos de medicamentos que podem ser usados para tratar a hipertensão arterial incluem:

    • Diuréticos: ajudam a reduzir o excesso de líquido e sal no corpo, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
    • Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs): ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
    • Bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRAs): ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
    • Bloqueadores dos canais de cálcio: ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial.

    Medidas de prevenção

    Algumas medidas de prevenção que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial incluem:

    • Manter um peso saudável: manter um peso saudável pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial.
    • Adotar uma dieta saudável: uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais, nozes e sementes pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial.
    • Reduzir o consumo de sal: reduzir o consumo de sal pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial em algumas pessoas.
    • Praticar atividade física regularmente: a atividade física regular pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial e melhorar a saúde cardiovascular.
    • Reduzir o consumo de álcool: reduzir o consumo de álcool pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial.
    • Parar de fumar: parar de fumar pode ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

    Conclusão

    A hipertensão arterial é uma condição comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Embora seja frequentemente chamada de “assassino silencioso” por causa da falta de sintomas óbvios, a hipertensão arterial pode levar a complicações graves se não for tratada adequadamente. É importante que as pessoas sejam conscientizadas sobre os fatores de risco da hipertensão arterial e sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce do estilo de vida saudável como medidas preventivas. Mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta saudável, praticar atividade física regularmente e reduzir o consumo de álcool e tabaco, podem ajudar a reduzir o risco de hipertensão arterial.

    Além disso, é importante monitorar regularmente a pressão arterial e fazer exames de rotina para identificar a hipertensão arterial o mais cedo possível. O tratamento precoce da hipertensão arterial pode ajudar a reduzir o risco de complicações graves, como doenças cardiovasculares e derrame.

    Por fim, é importante destacar que cada pessoa é única e pode apresentar sintomas diferentes, além de ter fatores de risco distintos para a hipertensão arterial. Por isso, é importante conversar com um profissional de saúde para obter orientações específicas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial.

 

Existem várias técnicas alternativas que podem ser utilizadas para ajudar a baixar a pressão arterial. É importante lembrar que essas técnicas não substituem o tratamento médico convencional, mas podem ser usadas como complemento. Confira abaixo um passo a passo com algumas dessas técnicas:

  1. Respiração diafragmática: Essa técnica consiste em inspirar profundamente pelo nariz, segurar a respiração por alguns segundos e expirar lentamente pela boca. Repita o processo por alguns minutos. Esse exercício ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, o que pode ajudar a baixar a pressão arterial.
  2. Meditação: A meditação é uma técnica que ajuda a acalmar a mente e reduzir o estresse. Encontre um local tranquilo e confortável, sente-se com as pernas cruzadas e concentre-se na respiração. Tente manter a mente livre de pensamentos e pratique por alguns minutos todos os dias.
  3. Exercícios físicos: A atividade física regular pode ajudar a baixar a pressão arterial. Caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta são algumas opções. É importante consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade física e seguir as orientações de um profissional de educação física.
  4. Alimentação saudável: Uma dieta saudável pode ajudar a controlar a pressão arterial. Reduza o consumo de sal, açúcar e gorduras saturadas, e aumente o consumo de frutas, verduras, legumes e alimentos ricos em fibras.
  5. Acupuntura: A acupuntura é uma técnica chinesa que utiliza agulhas finas para estimular pontos específicos do corpo. Estudos mostram que a acupuntura pode ajudar a reduzir a pressão arterial.
  6. Massagem: A massagem pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, o que pode ajudar a baixar a pressão arterial. Procure um profissional qualificado para realizar a massagem.
  7. Yoga: A prática de yoga ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, além de melhorar a flexibilidade e o equilíbrio. Existem diversas posturas de yoga que podem ajudar a baixar a pressão arterial, como a postura da árvore e a postura do triângulo.

É importante lembrar que essas técnicas alternativas não substituem o tratamento médico convencional. É fundamental seguir as orientações do médico e tomar os medicamentos prescritos de acordo com as recomendações. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e controle do estresse.

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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