“Viagra feminino”: A polêmica história da pílula rosa

“Viagra feminino”: a polêmica história da pílula rosa

 

(Tainá Ceccato/Superinteressante)

Depois de quatro anos testando o citrato de sildenafila, uma droga para tratar pressão alta e angina (dores no peito), a Pfizer já se preparava para jogar a toalha. O remédio não funcionava, e os executivos da empresa deram um ultimato aos pesquisadores: ou eles provavam a eficácia da droga, ou o projeto seria encerrado. Alguns dias depois, um teste revelou algo intrigante. Ok, o remédio não fazia efeito sobre o coração – mas, por algum motivo, os homens que o tomavam tinham mais ereções durante a noite.

Estava descoberto o verdadeiro papel da sildenafila: tratar a disfunção erétil. Nascia ali o Viagra, que chegaria ao mercado quase uma década depois, em 1998. A Pfizer faturou mais de US$ 20 bilhões com o remédio, e desde então a indústria farmacêutica persegue uma versão feminina da droga – pois ela poderia gerar lucros até maiores, já que disfunções sexuais são mais comuns entre as mulheres (segundo a Sociedade Internacional de Medicina Sexual, 30% delas relatam algum problema do tipo, contra 15% dos homens).

Esse remédio existe. Chama-se Addyi, e já está à venda nos Estados Unidos. Trata-se de uma pílula rosa, que tem como princípio ativo a flibanserina e é o mais próximo que a ciência chegou de um “Viagra feminino” – sua história é parecida, inclusive. No começo da década de 2000, a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim estudou a substância para uso como antidepressivo , mas as pesquisas mostraram que ela era ineficaz. Até que, em 2006, um grupo de voluntárias relatou melhora na libido.

Isso também aconteceu naquelas que sofriam de transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH), um distúrbio que torna a mulher incapaz de sentir excitação. Em 2010, a Boehringer tentou lançar a flibanserina, mas a FDA (Food & Drug Administration, agência do governo americano que regula alimentos e remédios) vetou, alegando que a ação do medicamento era fraca e não justificava os efeitos colaterais dele.

Os alemães desistiram da flibanserina e cederam os direitos de fabricação para o laboratório americano Sprout Pharmaceuticals, criado só para desenvolver a pílula rosa. Em troca, a Boehringer ganharia participação nos futuros […]

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Sobre Dra. Diliagni Tellez Matos 150 Artigos
Especialista em Clinica Geral, com Pós-graduação em Medicina Alternativa, cursos de Acupuntura, Terapia Auricular, Fitofármacos e Tratamentos Alternativos da Medicina Quântica. Membro da Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos.

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